O canil

Criando o autêntico kuvasz húngaro





Yako, Brida e Úrsula
Himes, Anton e Pérola
O verdadeiro kuvasz húngaro faz a diferença
 no Refúgio na Montanha.
O Refúgio está localizado em Morro Reuter, uma pequena cidade
 da serra gaúcha, com clima ameno no verão e inverno rigoroso,
para oferecer aos kuvaszok do Refúgio um clima próximo ao
do país de origem da raça, a Hungria.







No Refúgio na Montanha os kuvaszok são criados no convívio familiar e com liberdade para o desenvolvimento do temperamento típico da raça e implantando experiências adquiridas com criadores na Hungria e na Holanda na socialização dos filhotes.


O REFÚGIO NA MONTANHA
COMO TUDO COMEÇOU

O Refúgio na Montanha

Eu morava na cidade gaúcha de Novo Hamburgo, não muito distante de Porto Alegre, e procurava um cão para guardar a propriedade. Foi quando ouvi falar pela primeira vez da raça kuvasz. Passei a estudar as características desses imponentes animais e o interesse virou paixão – pela beleza, pelo temperamento protetor e pela capacidade de guarda, além de uma peculiaridade essencial para quem, como eu, queria um cão que também pudesse entrar na casa e conviver com a família: o kuvasz não tem “cheiro de cachorro”.



Um dia, por um desses acasos que mudam nossa vida, soube que nascera, aqui no sul mesmo, uma ninhada de kuvasz. Três meses depois, numa tarde de dezembro de 2004, recebi a fêmea que escolhera: era a Brida.

Continuei pesquisando e aprofundei-me no conhecimento da raça, estabelecendo contato com os melhores criadores do exterior. Passados três anos, no final de 2007, Brida teve sua primeira ninhada: oito filhotes.

A chegada de Yako, um húngaro autêntico


Logo percebi que minha cachorra e outros Kuvasz brasileiros eram um tanto diferentes dos cães europeus e argentinos: tinham a cabeça mais volumosa e o focinho e as orelhas mais curtos. Em março de 2008 fui a Argentina em busca de informações genéticas para aprimorar a criação brasileira e voltei com Yako Del Pire Huilen, um belíssimo Kuvasz de seis meses de idade, autêntico representante da tipicidade húngara da raça – descrita no padrão da Fédération Cynologique Internationale (FCI).

Com a chegada de Yako, o espaço tornou-se pequeno para meus cães e meus projetos. Era hora de buscar outro local, e o encontrei na pequena Morro Reuter (diz-se Róiter), localidade de colonização germânica situada na serra gaúcha. Aqui, na altitude de 700 metros, com temperaturas agradáveis no verão e inverno rigoroso, num espaço de 3.600 metros quadrados, criei o Refúgio na Montanha.

Nasce Úrsula

Em fevereiro de 2009, Brida teve sua segunda e última ninhada – a primeira do Refúgio. Eu selecionei uma fêmea dentre os filhotes – Úrsula, que herdou do pai Yako a tipicidade húngara – e comecei a expor meus cães. Úrsula terminou o ano de 2009 como Campeã Filhote e Campeã Jovem, e em 2010 conquistou o título de Campeã Nacional. 
No trabalho quase obsessivo de aprimoramento da raça conforme o padrão internacional, viajei até a Holanda em janeiro de 2010 para buscar a cadela Himes – ou Hamany Himes Egimásra Találtunk.

Himes

Com a importação dessa fêmea, o Refúgio na Montanha atingiu a qualificação dos Kuvasz húngaros. Temos uma criação pequena e selecionada, ao estilo dos criadores europeus, com acasalamentos planejados, sempre priorizando o temperamento e as características da raça. Nossos filhotes destinam-se unicamente a pessoas cientes de que a posse responsável se estenderá por toda a vida do cãozinho e os acolham como parte da família.




Área de 1000 m² para lazer dos filhotes, com 20 dias os filhotes
passam parte do dia livres explorando novos espaços sob a supervisão da mãe e a ter
contato com os cães adultos
Aos 2 meses passam a dormir fora canil.

É essa, em poucas linhas, a síntese de meu trabalho de pesquisa e intercâmbio. A missão do canil Refúgio na Montanha continua sendo a de contribuir para o conhecimento e a reprodução do verdadeiro Kuvasz no Brasil, permitindo que mais gente tenha contato com essa raça de beleza e companheirismo inigualáveis – e cujo símbolo, em meu coração, é a Brida.

Paulo R. R. Viegas

Morro Reuter, março de 2011